Essa é uma das obras mais sublimes que o Puritanismo produziu. Isaac Ambrose (1604–1664) foi um puritano presbiteriano inglês. Ele, como instrumento do Senhor, nos legou uma das mais deleitosas obras já escritas sobre o ser e a obra de Cristo e a relação de nossa alma com esse bendito Salvador e Senhor. Ele escreve não como produto de mera especulação teórica, mas como resultado de uma meditação bíblica e uma experimentação de sua própria alma daquilo que ele ensina (conforme ele relata, ao leitor, na abertura do livro).
       A abordagem de Ambrose é aliancista. Ele faz uma exposição do Evangelho de Cristo a partir da doutrina da aliança, pois não podemos olhar para Cristo de forma profunda, salvadora e graciosa se não for pelo Pacto da Graça. Ambrose, de forma maestral, nos desenvolve uma Teologia Bíblica centrada em Cristo, uma cristologia profundamente bíblica e uma descrição de como a alma pode apropriar-se desse Cristo.
      Não é possível expressar de forma apropriada a utilidade da leitura desta obra para a sua alma. A profundidade, em simplicidade, com que Ambrose nos expõe a Cristo é impressionante. Difícil é parar de lê-la após iniciada. Esta obra se iguala às Letters [cartas] de Samuel Rutherford. Definitivamente, essa obra se tornou um clássico na teologia cristocêntrica.